terça-feira, 19 de junho de 2012
Reflexão sobre o Relicário de São Vicente Pallotti
Reflexão sobre o Relicário de São Vicente Pallotti – Província São
Paulo Apóstolo
Pe. José Elias Fadul,
SAC
Reitor Provincial
Nos últimos 300 anos, a Igreja não esteve habituada a ver um relicário com o formato de uma arca, mas a história da Igreja registra que os relicários desde os primórdios eram feitos assim.
Nosso relicário acondiciona dois
objetos raros. Um fragmento do corpo de São Vicente Pallotti e uma veste usada
por ele em seu ofício sacerdotal. O corpo criado à imagem e semelhança de Deus e
a estola, sinal de sua veste batismal.
Sua forma de arca (tenda ou casa)
sugere a figura do templo. A estrutura de metal indica a resistência; e o
vidro, a transparência e o testemunho; o telhado é a proteção divina, como se
fossem as asas de Deus ou suas próprias mãos.
No telhado, parte mais visível,
está a identificação do carisma (Charitas Christi urget nos). Na parte superior
da face transparente, encontra-se a informação do que o relicário transporta
(Ex corpore SVP). Nas paredes laterais, onde é possível ver o interior do
relicário, foram impressas as datas referentes à vida do santo (AD 1795 – AD
1850) e a referência ao Ano Jubilar (AD 1963 – AD 2013). Ao redor de toda a
peça, chamas foram distribuídas nas partes superior e inferior, sugerindo as centelhas
pentecostais que pousam sobre toda a Igreja. Isso forma o conjunto com os dois
ícones impressos nas paredes menores da peça: a Pomba, sinal do Espírito Santo
e Maria do Cenáculo.
O relicário em formato de arca
evoca a própria História da Salvação. Noé construiu a Arca, que abrigou o povo
que deu início a uma nova humanidade lavada do pecado. A Arca da Aliança, que
abrigou as Pedras da Lei e acompanhou o Povo de Deus pelo deserto a caminho da
Terra Prometida, que depois entrou triunfante em Jericó e foi conservada para
ser definitivamente abrigada no templo de Salomão. Após o período dos Reis,
quando o povo viveu um obscuro tempo de exílio, perseguições e diáspora, a Arca
da Aliança desapareceu, mas o Resto de Israel que conservou, a duras provas, a
fé nas promessas feitas a Abraão, cultivou a linhagem de Davi, donde brotou a
mais perfeita mulher, Maria, a Arca da Nova Aliança, cujo seio trouxe ao mundo,
o Messias Salvador.
A peregrinação do relicário pelo
território nacional é a Igreja Peregrina neste mundo em direção à pátria
definitiva. O relicário quer ser um símbolo do Ano Jubilar Palotino, que
convida as pessoas à oração, à adoração da Trindade e a
acreditar que a Fé Cristã se baseia na Caridade de Cristo que nos impele.
(Texto elaborado a partir
da exposição feita por Cláudio Pastro, na missa de abertura do Ano Jubilar, na
Paróquia Rainha dos Apóstolos – Vila Monumento em 25.05.2012)
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