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+ PADRE SENITO AFONSO DURIGON SAC


1959-2012

1. Dados gerais da vida do Pe. Senito. Pe. Senito Durigon nasceu dia 21/12/1959, na localidade de Limeira –município de Pinhal Grande/RS. Filho de Osvaldo Uliana Durigon e Lídia Dalla Nora Durigon, tendo como irmãos Celso, Solange, Selmar e Flávio e Dorival (Adotivo).
Entrou no Seminário Rainha dos Apóstolos, dos Padres e Irmãos Palotinos, em Vale Vêneto em 1975. De 1978 a 1983, no Colégio Máximo Palotino, em Santa Maria/RS, fez o Curso Integrado de Filosofia e Teologia, interrompidos em 1980 para o Ano de Noviciado, em Buenos Aires – Argentina. Fez sua Primeira Consagração a Deus na Sociedade do Apostolado Católico no dia 22 de março de 1981 e sua Profissão Perpétua no dia 25 de março de 1983. Sua ordenação sacerdotal foi no dia 01 de janeiro de 1984, em Limeira, sua terra natal, por Dom José Ivo Lorscheiter, então Bispo Diocesano de Santa Maria. Seu lema de ordenação: “Não fostes vós que me escolhestes, mas Eu vos escolhi a vós e vos constitui para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permanceça” (Jo 15,16). Nesta mesma data foram ordenados os padres João Walter Rubin, Elci Piccin. Estiveram nesta data mais de 60 padres, dos quais 12 recém-ordenados, seus colegas de turma. Estas foram as três primeiras ordenações sacerdotais na comunidade São João Maria Vianney.
Logo após sua ordenação foi designado para trabalhar em Campo Grande/MS, na Paróquia Santo Antônio, até 1987. Em 1988 e 1989 trabalho na recém-criada paróquia São Judas Tadeu, também em Campo Grande. Em 1990 e 1991 o padre Senito exerceu seu ministério sacerdotal no Seminário São Vicente Pallotti, em Palotina/PR. No ano de 1992 o Conselho Provincial lhe indicou o Seminário Maria Mãe dos Migrantes, em Ariquemes/RO como o seu novo local de apostolado. Na missão da formação neste seminário ele permaneceu até 1999. No ano 2000 foi designado para retornar a Campo Grande/MS, para a Paróquia Santa Rita de Cássia. Nesta paróquia o padre Senito ficou até o final do ano de 2010. Em 2011 foi nomeado pelo Conselho Provincial para a Paróquia Nossa Senhora da Glória, na cidade de Glória de Dourados/MS, onde permaneceu até o início de fevereiro deste ano e que quando estava em férias com seus familiares sentiu que algo não estava bem. Imediatamente veio para Santa Maria e desde o dia 24 de fevereiro/12 esteve internado e ontem 20 de março/12, às 16h, veio a falecer, com apenas 52 anos, vitimado por uma parada cardiorrespiratória em conseqüência de uma bactéria – Miosite Tropical, uma doença muita rara – que entrou na corrente sanguínea e desencadeou uma infecção generalizada.

2. O que ele disse e escreveu quando completou 25 anos de vida sacerdotal em janeiro de 2009:
Sobre sua família: “Boa parte de minha vocação se deve a meus pais. A minha mãe por pedir em oração, antes mesmo de casar, que sua família recebesse de Deus a bênção de vocações religiosas; ao meu pai pelo apoio incondicional, na hora de eu ir para o seminário: “Vai e se por acaso descobrires que não é isso que buscas, sabes onde fica a tua casa”.
Sobre sua vocação: “A minha vocação para a comunidade palotina nasceu dentro de algumas circunstâncias que me fizeram chegar aos palotinos. Antes de ser palotino, tive o desejo de ser padre, desde muito cedo. Brincava de rezar a missa sobre as taipas de pedra que circundavam os potreiros. O pala de meu pai servia de túnica e as rodelas de batata-doce, assadas na chapa do fogão, serviam para imitar a hóstia que o padre consagrava na missa. Meu irmão e irmã, já nascidos na época, compunham a assembléia e ouviam os inflamados sermões proferidos de cima da taipa de pedra”.
Sobre a saúde pública: A ideia nasceu em Ariquemes, por iniciativa de uma irmã. Constituímos uma equipe de estudos que passou a atender a população e a indicar chás de plantas medicinais e outros remédios caseiros. Na verdade, foi um recuperar práticas da sabedoria popular em relação ao uso de plantas medicinais. Mais tarde, encontrei um curso em Curitiba que me permitiu avançar mais no conhecimento de algumas áreas como a homeopatia, a fitoterapia e algumas outras áreas da medicina natural Atualmente, procuro repassar esses conhecimentos, quando sou solicitado para algum curso. Dedico duas tardes para cuidar da saúde das pessoas.
Sobre os palotinos: Admiro o gosto pelos encontros, onde, além dos temas tratados, se formam rodas animadas de conversas informais. A dedicação que há nos trabalhos assumidos pela Província. Durante os meus anos de vida consagrada e padre tive bons companheiros de trabalho com os quais aprendi muita coisa que hoje faz parte daquilo que sou. A vida na comunidade palotina foi muito mais do que poderia ter imaginado.
3.Mensagens de solidariedade
Pe. Gilberto Orsolin, nosso coirmão membro do Conselho Geral, em Roma, envia sua mensagem, em nome do Pe. Jacob Nampudakam, reitor Geral: “Estimado Pe. Lino Baggio, Conselho Provincial, confrades e Familiares do Pe. Senito Recebemos, com pesar, a notícia, do falecimento do Pe. Senito Durigon, nosso querido confrade e amigo. Pe. Senito, grande amigo, confrade de fé, amou a vida palotina e sacerdotal, fervoroso na vida comunitária e se dedicou incansavelmente em favor da saúde dos mais pobres e de sua família. Com sua simplicidade e humildade ajudou muitas pessoas... tantos que não podemos imaginar. Levou uma vida intensa de trabalho e dedicação a Deus à Igreja, à Comunidade Palotina e aos familiares. Que o Senhor lhe dê o repouso eterno e o conforto aos seus pais Osvaldo e Lídia Durigon e seus irmãos Celso, Solange, Selmar, Flávio, Dorival, parentes e amigos. Aqui, junto ao Altar de São Vicente Pallotti, de Roma, estamos rezando para o seu Feliz e Eterno Encontro com o Pai. Em nome do Pe. Geral, Jacob Nampudakam, do Conselho Geral e da Comunidade da Casa Geral, os nossos sentimentos, solidariedade e preces. Pe. Gilberto Orsolin,SAC.
Mensagem de Dom Hélio Adelar Rubert, Arcebispo de Santa Maria, enviada pelo Pe. Vilson Venturini: “Em nome de D. Hélio e em meu nome, quero chegar até você e a toda a família palotina com nossa solidariedade neste momento de conclusão da vida terrena de nosso irmão no ministério Pe. Senito Durigon. D. Hélio, por estar em visita pastoral e por termos uma programação intensa, pede escusa pela ausência junto a todos vocês e envia sua mais fraterna solidariedade. Continuemos unidos em oração, pedindo ao Deus Trindade que acolha o Pe. Senito com o mesmo amor com que ele amou à sua Igreja”. Abraço fraterno. Pe. Vilson Venturini.

Pe. Edgar Ertl SAC
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========================================================================= 22/11/2011 - IRRADIADOS NA NOITE DE DOMINGO – MISSA DA UAC-LOCAL

Um grande acontecimento irradiou a noite do dia 20 de Novembro de 2011, domingo. Na festa de Cristo Rei, no belíssimo pátio interno do Colégio Máximo Palotino, celebramos a Eucaristia em ação de graças pelos trabalhos apostólicos realizados neste ano. Muitas congregações religiosas, sacerdotes diocesanos e palotinos, comunidades, grupos de jovens, seminaristas, leigos e leigas estavam presentes dando um verdadeiro espírito de “unidade”. Foi uma festa eucarística com diversidade de carismas, com grande espírito de comunhão, assim, vivenciamos o pedido de Jesus Cristo, que se mostra no profundo desejo de São Vicente Pallotti: chegarmos a ser um só rebanho sob um único supremo Pastor. A noite se tornou mais especial com a participação dos alunos da Escola de Música Girassol e seus violões animando a nossa liturgia. Cada rito da celebração foi momento de verdadeira inspiração em nossos corações. Ainda, em comemoração ao dia do leigo (a), três pessoas renovaram o Ato de Empenho na UAC, no qual, em poucas palavras expressam-nos o que sentiram:
André Cremonezi: Renovar o Ato de Empenho Apostólico na União do Apostolado Católico – UAC – representou, antes de tudo, um sentimento de liberdade e completa acolhida. Comungar da graça do Batismo, sentindo-se re-convidado pelo "Apelo ao Povo", é reconhecer-se acolhido em minha pequenez e limitações, em nome de um projeto maior: a evangelização, independentemente de onde esteja e em que condição me encontre. À UAC, Obrigado!
Leni Bressan: Nesta noite o sonho de São Vicente Pallotti se fez presente na celebração e ao renovar o Ato de Empenho, percebi o quanto vale a pena propagar o carisma de nosso fundador no apostolado.
Iza Ouriques: Ao renovar o ato de empenho na União do Apostolado Católico, juntamente com a Leni e o André, em significativa celebração Eucarística com a presença de grande diversidade de carismas, senti o sonho de unidade de São Vicente Pallotti vivo e atual e, isto, impulsiona-me a reavivar-me na fé e na caridade, na esperança de ser onde eu estiver seguidora de Jesus Cristo Apóstolo do eterno Pai dentro das minhas limitações.

Portanto, O nosso agradecimento a todos que participaram desta linda festa eucarística, principalmente, à UAC - Conselho Local de Coordenação, à irmã Eliane (Irmãs de Maria de Schoenstatti) e sua equipe que se doaram na organização e, assim, como batizados continuemos a nossa caminhada cristã, acreditando cada vez mais em Jesus Cristo como Rei do Universo, e engajados em manter viva a nossa fé cristã segundo São Vicente Pallotti.

Fr. Ivanildo Magalhães, SAC

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18/11/2011 - 10:00: Romaria da Medianeira em Santa Maria reúne 300 mil fieis

No último domingo, 13 de novembro, aconteceu na Arquidiocese de Santa Maria, a tradicional romaria à Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, padroeira do Rio Grande do Sul. Inúmeras foram as manifestações de fé e gratidão à Mãe que caminha com o povo. Com o lema "O Senhor fez em mim maravilhas", os romeiros animados caminharam pelas ruas de Santa Maria e celebraram a Eucaristia no altar monumento. À tarde, antes da bênção do Santíssimo e da saúde, aconteceu o terço vocacional.

Ir. Camila Hoffmam, ICM
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07/11/2011 - 15:00:
Primeiro Seminário sobre TSH mobiliza entidades governamentais e não-governamentais em Porto Alegre/RS

Nos dias 4 e 5 de novembro, no Colégio Bom Conselho, em Porto Alegre, aconteceu o 1º Seminário Estadual sobre o Tráfico de Seres Humanos (TSH). Promovido pela Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria (Sociedade Educação e Caridade), o Seminário teve como tema "Erradicar pela solidariedade na defesa e promoção da vida" e como lema "Um grito, Um clamor, Um crime".
Em entrevista para o Blog de Santa Maria, Ir. Marlise Hendges, Diretora Geral da Congregação, partilhou: "As expectativas para este Seminário são grandes. Nosso objetivo é agregar mais pessoas para essa causa; além de visibilizar o todo da missão. Queremos a prevenção para que haja mais humanidade!".
Após a acolhida pelas coordenadoras do evento: Irmãs Eurides Alves de Oliveira e Élida Debastiani, alunas do Instituto São Benedito coreografaram a música tema da Rede Um Grito pela Vida, de autoria de Ir. Miria Kolling, ICM.




No cerimonial de abertura, Ir. Marlise Hendges destacou que somente pessoas de sentimento nobre e humanitário se interessam por uma temática como o Tráfico de Seres Humanos. Lembrou, também, que na gênese da Congregação, a Bem-aventurada Bárbara Maix sempre esteve atenta à vida ameaçada, por exemplo, em Viena, com as jovens que se encontravam em vulnerabilidade, exploradas por seus patrões e que caiam na prostituição.
O TSH é a terceira economia mais lucrativa no mundo. Associada com a violência e a fome, o Tráfico de Pessoas é uma ameaça à vida. Ir. Eurides Alves de Oliveira, coordenadora da Rede Um Grito pela Vida (CRB-Nacional) , na contextualização sobre o panorama nacional e internacional, conclamou os participantes: "Nosso desafio é sermos referência em humanidade".
Todas os assessores e palestrantes trouxeram, com propriedade a temática, desafiando a tomada de atitude diante das situações que roubam da pessoa humana o seu sagrado, os seus direitos e a sua dignidade.



Em breve será disponibilizado no site da Congregação ( http://www.icm-sec.org.br/ ) o material trabalhado durante esses dias do evento, bem como os encaminhamentos práticos.

Ir. Camila Hoffmann, ICM
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29-10-2011 - 14:40: A coordenação Local da União do Apostolado Católico está reunida em Vale Vêneto para retiro de avaliação e planejamento do ano de 2012. Contamos com as suas orações. O mesmo encontro tem a acessoria da Professora Dr. Arlene Bocarji, coordenadora adjunta do Curso de Teologia da FAPAS.

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Apostólos Hoje - Reflexão e oração - Novembro de 2011

Deus, Amor Infinito

Meditação 26 (OOCC XIII, pp. 132-137)

Deus, movido pelo seu Amor infinito e pela sua infinita Misericórdia, não impediu o pecado de Adão, também para que a nossa vida fosse toda enobrecida, santificada e enriquecida pelos méritos da vida de nosso Senhor Jesus Cristo.

Introdução
“Iluminado pela santa fé, tenho presente que Deus, Perfeição e santidade por essência, quando deixa de impedir o pecado permite que ele aconteça por motivos dignos de si e de todas as suas infinitas Perfeições. Eu não sou capaz de compreender todos os santíssimos motivos, cheios de amor e de misericórdia, os quais Deus não impediu o pecado de Adão, mas a razão mais importante a santa fé me faz descobrir. Ele nos queria dar Nosso Senhor Jesus Cristo! Não é por nada que a liturgia do sábado santo da Páscoa da ressurreição, a santa Igreja canta: “Ó feliz culpa que mereceu tal e tão grande Redentor”!
Maior motivo temos, entretanto, para pasmar. Se Deus não nos tivesse dado o seu divino Unigênito, feito homem por nós, mesmo que nem Adão, nem qualquer outro nunca tivesse pecado, mesmo que todos não tivessem feito outra coisa senão boas obras, essas boas obras não teriam sido enriquecidas, aperfeiçoadas e enobrecidas pelos méritos infinitos e pela perfeição e santidade da vida santíssima de Jesus Cristo. Nossas boas obras teriam permanecido como são por si mesmas, isto é, quase como um nada diante de Deus. Teriam sido, até, diante da infinita perfeição de Deus, monstros de imperfeição. Jesus Cristo é que, mediante seus méritos infinitos, santifica, aperfeiçoa e enriquece todos os pensamentos, palavras e obras da nossa vida. Enriquece e santifica também nossas ações chamadas, em si mesmas, indiferentes, quando por nós praticadas por amor de Deus, em estado de graça. O santo profeta Isaías nos assegura que até as nossas boas ações são como um pano imundo, [Pano imundo são todos os nossos atos de injustiça]” (Is 64, 5).
Ah, meu Deus, não sou digno de contemplar os excessos do vosso amor infinito e da vossa infinita misericórdia! Como foi isso de chegardes a permitir que Adão vos ofendesse infinitamente, para, depois, dar-nos o vosso divino Filho? Ele não nos foi dado para redimir a nossa alma da escravidão do pecado e para destruir em nós a toda deformidade que, por causa do pecado, a nossa alma contraiu. Ele veio também para que todos os pensamentos da nossa mente, todos os afetos não desordenados do coração, para que todas as palavras, obras e passos, para que o uso das potências da alma e dos sentimentos do corpo, para que o uso de todas as coisas por vós criadas a nosso serviço, para que tudo, tudo fosse santificado, enobrecido e enriquecido pelos méritos infinitos, pela santidade infinita, pela perfeição dos pensamentos, palavras, desejos, ações, respirações, passos de N. S. Jesus Cristo. Para que o uso que fez N. S. Jesus Cristo das coisas criadas, o exercício de todas as potências de sua santíssima alma e do seu imaculado corpo santificassem, nobilitassem, enriquecessem nosso agir e nosso proceder.
Com efeito, pela comunicação e aplicação dos méritos infinitos de Jesus Cristo, destrói-se toda a deformidade das nossas obras, também das que se dizem obras boas. Essas, diante de vós, por si mesmas, sem a aplicação dos méritos, da santidade e da perfeição da vida de Jesus Cristo – perfeição por essência! – são tais que podem se dizer horrendíssimos monstros. Pela aplicação dos méritos de Jesus Cristo, pela santidade e perfeição da sua vida, destrói-se a deformidade não só das obras boas mas também das obras indiferentes feitas por amor de Deus. Essas obras se tornam santificadas, aperfeiçoadas e enriquecidas pela santidade, perfeição e méritos infinitos de Jesus Cristo. É, então, que posso dizer que a santidade, a perfeição, os méritos de Jesus Cristo são meus e toda a vida de Jesus Cristo é minha.

Meditação
S. Vicente nos convida a refletir sobre o pecado através dos olhos da fé. “Iluminados pela fé” - estas palavras nos convidam e nos oferecem a oportunidade de refletir sobre a fé e descobrir como ela nos ajuda a nos transformar em pessoas que devemos ser. A fé não é estática, mas uma realidade viva que nos guia mais profundamente na realidade de Deus e do seu plano divino para nós e para toda a criação. Pallotti assegura-nos que o pecado de Adão foi permitido por Deus a fim de revelar a missão de Jesus para nós. A Escritura nos mostra os diversos elementos sobre a possível vinda de Jesus na terra para a nossa redenção. No Antigo Testamento, sua vinda foi plenamente pré-anunciada por séculos. Embora esta promessa tenha sido denominada de diversas maneiras, a fé continuou a encorajar os crentes a acreditar nela. O Novo Testamento abre nossos olhos para o anúncio da vinda de Jesus. O capítulo 1 do Evangelho de João é uma maravilhosa reflexão sobre o plano de Deus para o seu povo através de Jesus, “O Verbo era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus... Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça” (Jo 1, 9-16).
Esta passagem da Escritura nos ajuda a esclarecer melhor o que Pallotti está tentando nos dizer no texto escolhido para este mês?
O que é pecado? É qualquer pensamento, comportamento ou omissão que enfraquece ou causa interrupção do nosso relacionamento amoroso com Deus. A consequência do pecado de Adão é a herança de todos os seres humanos desde o primeiro instante de sua existência. Jesus tornou-se o novo Adão e através de sua paixão, morte e ressurreição, nos deu a salvação do pecado e felicidade eterna que Adão perdeu por nós a causa do seu afastamento de Deus. Em sua carta aos Romanos, (5, 12-21), São Paulo reflete sobre como o pecado entrou no mundo através de Adão, mas também explica como Jesus mudou a situação – “Portanto, como pelo pecado de um só, a condenação se estendeu a todos os homens, assim por um único ato de justiça recebem todos os homens a justificação que dá a vida”( Rm 5, 18). A nossa esperança de redenção é fundada sobre a fé que nos conduz a Deus pelo batismo. Paulo pergunta: “Ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte?” (Rm 6, 3). O capítulo 6 continua a refletir sobre a relação entre pecado a morte, a graça e a relação existente entre eles que serve para libertar-nos da tentação de pecar. Em Rm 6, 14 encontramos: “O pecado já não vos dominará, porque agora não estais mais sob a lei, e sim sob a graça”.
Pallotti, o místico, refletiu de modo semelhante sobre o pecado, sobre nossa indignidade e sobre nossa incapacidade de agir sem a graça que Jesus quer compartilhar conosco. A graça é dom gratuito de Deus, pela qual nós, seus filhos, podemos nos beneficiar por estarmos abertos a sua ação através de nossos esforços para viver a vida cristã e, de modo particular através da frutuosa aceitação dos sacramentos, especialmente da “Eucaristia e da Reconciliação”. A oração é parte essencial da vida de cada um de nós e realizando-a deixando esse espaço diário fixo em nossa agenda para o relacionamento com a Trindade por meio de uma vida de oração ativa, seremos beneficiados de várias maneiras. Nos ajudará a reconhecer o pecado dentro de nós que nos leva a fazer escolhas que nos prejudicam, assim como, prejudica nosso relacionamento com Deus e com os outros. Nos ensina que somente o dom gratuito da graça de Deus, recebido através da oração, poderá nos dar a força e a coragem para purificar as nossas vidas e que só a ação da graça dentro de nós pode efetuar uma verdadeira e duradoura conversão e crescimento. O amor e o exemplo de nossas famílias e de nossos irmãos e irmãs na fé pode nos oferecer coragem e sustento quando a tentação ameaça separar-nos de Nosso Senhor que nos ama sempre e deseja que vivamos como videira verdadeiramente abençoada. Se tivermos sempre em nossa mente a necessidade de continuarmos sendo “iluminados pela fé”, cresceremos a tal ponto de compreender e experimentar em primeira pessoa a complexidade do pecado, pois somente pelos méritos de Jesus Cristo poderemos nos tornar à imagem de Deus, não importa o quão imperfeitos somos. Deus ama o pecador e nunca deixa de aplaudir os nossos esforços para tornar-nos mais “divinos”.

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Segretariato Generale, Unione dell’Apostolato Cattolico
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