No dia 11 de janeiro de 1850, isto é, onze dias antes da morte de Pallotti, durante a celebração do Oitavário da Epifania, Elisabetta Sanna foi confessar-se com o Pe. Vicente Pallotti, na Igreja de Santo Andrea della Vale.
Após a confissão, Pallotti disse-lhe: “Peçamos ao Senhor a graça de prepararmo-nos para uma santa morte”. Elisabetta, no início, pensou que estava fando para ela e, por várias vezes, nos dois dias seguintes, indagou-o sobre o que havia dito, mas ele não comentou mais nada.
Quando, porém, no dia 16 de janeiro, Pe. Francisco Vaccari disse-lhe que Pe. Vicente, após celebrar a missa, ficou acamado, ela exclamou: “Pe. Vicente não levantará mais, pois morrerá”. Ela insistiu: “Não há mais nada o que fazer; ele mesmo me disse isso”.
Pallotti, após ter recebido a graça de prever sua morte tão próxima, não pediu orações para os outros, mas para Sanna. Ele a via como uma senhora santa e, em um momento tão importante como esse, confiava em suas orações.
Quando, pois, os seus confrades pensavam que a situação da sua saúde parecia melhorar, ele disse ao Pe. Vaccari: “Diga a Elisabetta, oração e Vontade de Deus; espero deixar logo este leito”. Elisabetta, comentando estas palavras, disse: “Pe. Vicente deixa o leito, porque os mortos não o levam consigo”. E, logo após a morte do Santo, acrescentou: “Pe. Vicente está no Paraíso”.
São Vicente e a Venerável Elisabetta Sanna entendiam-se bem e ajudavam-se reciprocamente com orações, conselhos e mortificações. A vida deles, o testemunho deles e a colaboração entre eles são sempre atuais. O comportamento deles confirma as verdades que sublinhava o beato João Paulo II: “Os santos vivem com os santos; os santos não passam para sempre; os santos encorajam-nos continuamente para vivermos a santidade e, bradam, para que a santidade seja vivida.
Pe. Jan Korycki, SAC
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