terça-feira, 8 de maio de 2012

Falecimento do Pe. Antônio Marin, SAC

PADRE ANTÔNIO MARIN, SAC 
30.06.1910 - 6.05.2012

Caríssimos irmãos e irmãs!
           Reunidos estamos, nesta igreja, para esta celebração eucarística pela despedida física do nosso coirmão Antônio Marin, falecido, ontem, à noite, no Dia do Senhor, em Santa Maria. Ele partiu para a vida prometida e assegurada por Jesus Cristo Ressuscitado.

Também esta celebração, como toda celebração eucarística, quer ser ação de graças e súplica. Ação de graças a Deus pelo dom da vida e por tudo o que o que nos deu e continua a dar-nos. Queremos, especialmente, aqui e agora, agradecer a Deus por tudo o que nos deu na pessoa e no trabalho do nosso irmão Antônio que partiu para nova vida.  Com muita confiança queremos também pedir a Deus que complete o que iniciou no Pe. Antônio, glorificando-se nele e tornando-o participante da sua gloriosa ressurreição.

Para sentir-nos unidos na ação de graças a Deus pela vida, pelo testemunho e pelo longo trabalho sacerdotal de nosso irmão Antônio Marin e para pedir a Deus que realize e complete suas palavras e promessas, vamos apresentar alguns dados de sua família, de sua formação e do seu ministério sacerdotal.



1.     Sua família
            Antônio Marin nasceu, aqui em Vale Vêneto, no dia 30 de junho de 1910, e terminou sua vida terrena, no Patronato, em Santa Maria, no dia 6 de maio deste ano. No dia 30 de junho próximo, ele completaria 102 anos. Ele era o palotino mais cheio de anos e de experiência de toda a Sociedade do Apostolado Católico. Já no Catálogo de 2009, somente ele era do ano 1910. Pe. Antônio Marin é o único padre palotino brasileiro que atingiu e ultrapassou os 100 anos de vida, e só foi superado pelo Irmão Ademar Gonçalves da Rocha que passou os 102 anos de vida (20.08.1904-19.09.2006).
           Os pais de Antônio Marin eram Emílio Marin e Josefina Pivetta. Antônio era o 07 entre os seus 13 filhos.



2.     Sua formação

Antônio começou o curso fundamental em Vale Vêneto e, em 1924-1925, completou-o no seminário de São Leopoldo, dirigido pelos padres jesuítas.

De 1926 a 1930, Antônio fez o curso ginasial, no Seminário São José, em Santa Maria.

Em 1931, sob a orientação do Pe. Rafael Iop fez o noviciado, em Vale Vêneto, no seminário menor inaugurado em 1922.

Entre 1932 e 1934, fez o curso de filosofia no Seminário Central de São Leopoldo, dirigido pelos padres jesuítas.

Entre 1935 e 1938 fez todo o curso de teologia, no Seminário Central de São Leopoldo, sob a orientação dos padres jesuítas.

Ele foi ordenado sacerdote, no fim do terceiro ano de teologia, isto é, no dia 28 de novembro de 1937, quando tinha 27 anos de vida. Em 1938, sempre em São Leopoldo, fez o quarto ano de teologia.



3.     Seu longo ministério
            Durante 10 anos, isto é, de 1939 a 1949, Pe. Antônio Marin foi professor, no Seminário Menor de Vale Vêneto, onde, além de professor, teve muitas atividades na manutenção da casa e da alimentação dos professores e seminaristas.

Em 1950 e 1951, Pe. Antônio Marin foi  também vigário cooperador em Vale Vêneto, e, em 1952, foi vigário cooperador em São João do Polêsine. Em 1953, ele foi pároco em Vale Vêneto.

De 1954 até 1965, Pe. Antônio Marin esteve em Faxinal do Soturno, trabalhando como vigário cooperador e também como diretor do Pensionato. De 1965 até 1969, esteve em Polêsine, cuidando especialmente da chácara e ajudando na paróquia.

Em 1969, ele foi transferido para o Seminário São Vicente Pallotti, em Palotina, onde esteve até 2007-08, quando por causa de saúde foi transferido para o Patronato,em Santa Maria.

Pe. Antônio Marin não foi professor no Seminário de Palotina. Seu primeiro trabalho sempre era a cotidiana celebração eucarística, nas primeiras horas de cada dia. Ele cuidava muito bem da chácara e garantia boa alimentação a todos os membros do Seminário. Era um bom exemplo para todos os grandes e pequenos.

Seu grande prazer pessoal era cultivar orquídeas e das mesmas tinha uma excelente coleção. As orquídeas eram o seu grande e bonito trabalho e passatempo.

P. Antônio era muito ordenado em tudo: na vida espiritual, na vida humana, na comida, na bebida, no trabalho e no descanso. Gostava de fazer bem as coisas e por isso muitas vezes perdia a paciência, quando alunos não faziam bem as coisas nas aulas e nos trabalhos.

      Caríssimos irmãos e irmãs, temos muitos motivos para alegrar-nos e para agradecer a Deus. Temos também muitos motivos para pedir a Deus que o testemunho do Pe. Antônio Marin não desapareça, nas nossas famílias e também nas nossas comunidades. Se nós pedimos que Deus o abençoe, pedimos também ao Pe. Antônio que, estando ele mais unido a Deus, interceda por todos nós que estamos caminhando e esperamos chegar aonde ele chegou.



Pe. João Baptista Quaini, SAC

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